Entidades protestam no CAFF e servem bolo lembrando 1 ano de parcelamentos
Apitos, buzinas, gritos de “Cadê meu salário” e muita indignação marcam o dia 29 de julho de 2016 na história dos servidores públicos do Estado, em que lembram, tristemente, um ano de parcelamento de salários. Nesta sexta-feira, os servidores receberam R$ 650,00 em suas contas. O governo do Estado alega não haver dinheiro em caixa e vem parcelando sistematicamente o salário do funcionalismo, mesmo tendo negociado a dívida do Estado com a União. Os servidores da Procuradoria Geral do Estado (do Sindispge), bem como das demais categorias que integram o Fórum dos Servidores Públicos, como do Sindsepers, Sindicaixa, Sintergs, Ugeirm-Sindicato e da Afagro, realizaram uma grande mobilização conjunta para mostrar à sociedade a sua indignação e as consequências da desastrosa gestão do governo Sartori. O movimento ganhou mais força ainda com o apoio do Cpers e alguns alunos da rede pública.
“Há um ano o funcionalismo amarga com a dura crise que recaiu sobre seus ombros. O governador segue jogando o ônus desta crise sobre nós. É uma atitude que há muito já rompeu as raias da desumanidade”, lamenta o presidente do Sindispge, Cícero Corrêa Filho.
Centenas de pessoas protestaram no Centro Administrativo Fernando Ferrari (CAFF) extravasando um ano de angústias de uma “represália do governo, injustificada”. “R$ 650,00 paga somente os remédios que preciso comprar para minha mãe”, lamentava uma servidora emocionada demonstrando profunda preocupação.
Para ilustrar a crise vivida pelo funcionalismo o grupo “Levanta Favela”, apresentou a peça o “Manifesto por uma greve geral”. Através da linguagem de agitprop (abreviação de agitação e propaganda) o grupo trouxe à tona a discussão sobre a situação dos servidores públicos, a falta de dignidade com que estão sendo tratados pelo governo. Também mostraram os verdadeiros responsáveis pelo rombo do Estado, os sonegadores de impostos; como a Gerdau e RBS, entre outros.
Para lembrar este 1 ano de parcelamento, o grupo cantou “Parabéns a você” e serviu um delicioso bolo para adoçar o gosto amargo da boca dos servidores. Além disso, os servidores protestaram também contra os PL 44, PLP 257 e PLC 241. De acordo com as entidades, esses projetos acabam por desmantelar o serviço público.
Após, os servidores pararam o trânsito na Borges de Medeiros por volta de 20 minutos. “A sociedade precisa saber o que realmente está acontecendo”, justificou o presidente Cícero.
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