Servidores da Procuradoria Geral do Estado fizeram um ato de protesto, na tarde desta quinta-feira (4), no saguão do Centro Administrativo Fernando Ferrari (CAFF), em razão da insegurança dos elevadores. Dos 11 elevadores, dois não estão funcionando há quase oito meses por problemas de cabeamento e outros estão em manutenção.
Os servidores relatam que ficam trancados e que já houve quedas entre andares. Apesar de negar o fato de que tenha havido queda, o diretor do Departamento de Administração, Gelson Luiz Guarda, que assumiu o cargo no dia 6 de abril, conversou com os servidores e reconheceu que há problemas e prometeu soluções.
O ato foi organizado pelo Sindicato dos Servidores da PGE (Sindispge) que vem recebendo constantes queixas dos seus associados. “Nós temos na PGE muitas colegas que estão gestantes, e outros com problemas de saúde, estamos agindo de forma preventiva”, afirmou a vice-presidente Giana Guerin. O Sindispge chamou a imprensa para falar do assunto. O Sul 21 e o jornal Correio do Povo, fizeram entrevistas com ambas as partes e puderam constatar o local.
De acordo com o diretor do CAFF nesta sexta-feira (5/05), um dos elevadores, dos três que estavam em manutenção, já estará em funcionamento e os outros dependem da troca de cabos, que chegam de São Paulo, até o dia 30 de maio. O diretor admite que há demora na troca destes cabos e que os elevadores, mesmo com manutenção, são muito antigos e não oferecem total segurança. A ideia, conforme ele, é trocar os nove elevadores. Ele garante que já há verba para isso, mas depende do processo de licitação que está em fase de espera de orçamentos. Segundo ele, o custo em manutenção dos elevadores é de R$ 18.020,00 por mês.
A diretoria do SINDISPGE vem lutando pela segurança dos elevadores no CAFF que colocam em risco cerca de 7 mil pessoas que circulam pelo prédio, diário. Entre esses, 2, 5 mil são servidores públicos. A maior parte dos elevadores do prédio data de sua inauguração, ou seja, mais de 40 anos. Aparelhos antigos, ultrapassados e sem a devida manutenção são um convite ao desastre. “Os acidentes já ocorridos até o momento, incluindo a queda de um elevador do 13º até o 8º andar, e os constantes relatos de servidores trancados em elevadores parados, são um sombrio prenúncio do que pode vir a ocorrer, caso nenhuma providência efetiva seja tomada”, relatou Giana Guerin.
O Sindispge trabalha para garantir a segurança das pessoas e a qualidade no ambiente de trabalho. “Não podemos trabalhar com esse clima de insegurança. Já não basta os salários parcelados, agora os servidores têm de lidar com essa falta de estrutura no prédio para desenvolver suas atividades”, indigna-se o presidente do Sindispge, Cícero Corrêa Filho.
Em março do ano passado, o Ministério Público do Trabalho (MPT) abriu um inquérito civil para apurar os problemas de segurança apresentados pelos elevadores, com base em uma denúncia do Sindispge, que apontava “insuficiência e precariedade” dos equipamentos. Um ano depois da abertura do processo, ainda não há conclusão.
Assessoria de Imprensa do Sindispge
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