Dirigentes do Simpe-RS e de diversas outras entidades representativas de servidores públicos participaram, no dia 20 de junho, na Assembleia Legislativa, de encontro com representantes do PDT. Estiveram na conversa com os servidores a Deputada Juliana Brizola, o pré-candidato ao governo do Estado pelo partido, Jairo Jorge e o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi. Já entre as entidades, além do Simpe-RS, estavam presentes Sindispge/RS, Sindjus, Sindiágua, Fessergs, Sitramicro, Afisvec, Sintergs, Cpers/Sindicato, entre outros.
Depois de agradecer a presença dos dirigentes, a Deputada Juliana abriu espaço para as entidades falarem. Praticamente todos os dirigentes cobraram a postura do PDT que, na sua opinião, tem sido o fiel da balança. Mas pediram que a direção do partido tenha uma ação definitiva quanto a postura de alguns parlamentares, que apesar da decisão do partido de sair do governo, continuam votando a favor dos projetos do Executivo.
Uma das PEC destacada pelos servidores foi a PEC 256/2016, que trata da liberação dos dirigentes sindicais. Para os sindicalistas, apenas uma emenda não resolve a questão, o objetivo das entidades é que o projeto seja rejeitado. Para eles, a proposta é uma tentativa de fragilizar os sindicatos, privatizar a segurança e outras áreas. Ontem foram as fundações, hoje as estatais e logo ali a saúde, segurança e educação.
Eles também cobraram que a bancada do partido na ALRS estabeleça de fato um diálogo e receba os servidores.
Os dirigentes denunciaram que até bem pouco tempo atrás, quando a presidência da Casa estava com a base de apoio do governo, os servidores foram impedidos inclusive de entrar no parlamento e conversar com os deputados, que votavam projetos fundamentais para o Estado e para as categorias a portas fechadas, com a assembleia cercada por forças da segurança de Sartori. Os servidores ficavam na praça apanhando da Brigada Militar, comandada por um governo truculento que não dialoga e cerceia até mesmo o direito de acesso à ALRS.
Eles lembraram que as questões decididas no parlamento não dizem respeito apenas a interesses corporativos. Trata-se de decidir o projeto político de Estado que será implantado no RS.
Sem projeto
Outra questão colocada pelos dirigentes foi o fato de que o governo Sartori não tem um projeto para o Estado e todos os pacotes enviados pelo executivo refletem um projeto de estado mínimo, de ataques a direitos dos servidores e de privatizações. As atitudes do governo que poderiam elevar a arrecadação do governo são ignoradas, enquanto toma medidas que acabam por premiar e apoiar os sonegadores.
Por fim reafirmaram a necessidade de que o PDT assuma definitivamente sua posição na defesa dos servidores e da prestação de serviços públicos dignos à sociedade gaúcha.
Governador leiloeiro
O pré-candidato a governador pelo partido, o ex-prefeito de Canoas Jairo Jorge, assinalou que o RS vive hoje um processo de dissolução do Estado. Segundo ele, é só olhar para o RJ, que vendeu tudo, e hoje se encontra numa condição de penúria, com os servidores com salários atrasados desde março. Trata-se de uma estratégia de dissolução do Estado pela venda de ativos, uma velha prática que já mostrou que não dá certo. “O governador é eleito para governar e não para ser leiloeiro”.
Jairo Jorge frisou ainda que a PEC citada, referente à diminuição da representação sindical, busca o enfraquecimento, a desmobilização e a desestruturação dos servidores e do serviço público. “Não há futuro na democracia sem representação forte e não há diálogo sem os sindicatos. Sem isso sobra o paternalismo, o clientelismo, e esta PEC está dentro de uma estratégia de silenciamento das vozes”, finalizou.
“Vivemos um endireitamento político”
Último a falar, o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, destacou que é necessário fazer uma profunda reflexão sobre o que está acontecendo no RS, no Brasil e no mundo. “Vivemos um “endireitamento” político, um topa tudo por dinheiro”, definiu.
Sobre as questões colocadas pelos servidores lembrou que as primeiras tentativas são de ganhar os deputados, mas que em nível nacional, por exemplo, os que votaram contra a orientação do partido foram expulsos e que no RS a orientação foi de desembarcar do governo. Frisou que a história do PDT foi construída em defesa dos trabalhadores e que esta sempre foi a linha do partido.
Ele destacou ainda a necessidade de lutar contra as terceirizações, que acabam com os direitos trabalhistas, com a CLT, e pediu que os servidores continuem dialogando com os deputados para que votem pelo que é melhor para o povo gaúcho.
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