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Sindicatos prometem parar a Argentina

08 de abril de 2014

BUENOS AIRES – O governo da presidente Cristina Kirchner será foco de protestos e paralisações de trabalhadores programados para quinta-feira por três das cinco centrais sindicais argentinas. As centrais sindicais peronistas – e, de forma paralela, grupos da esquerda – realizarão uma greve geral e manifestações para protestar contra a política de ajuste econômico da administração Kirchner. Os sindicalistas afirmam que a presidente Cristina “traiu” os ideais trabalhistas do peronismo.É a primeira vez que uma greve geral tem a coordenação conjunta da Confederação Geral do Trabalho (CGT) “rebelde”, comandada pelo caminhoneiro Hugo Moyano, a CGT “Azul e Branca”, liderada pelo sindicalista de bares e restaurantes Luis Barrionuevo (que conta com o respaldo de setores do peronismo dissidente), e a Central dos Trabalhadores Argentinos (CTA), chefiada pelo funcionário público Pablo Micheli.

Os analistas políticos calculam que a paralisação terá sucesso, já que aderiram à greve os sindicatos de ônibus urbanos e trens. No domingo, o sindicato de trabalhadores do setor aéreo confirmou participação na greve geral, incluindo técnicos aeronáuticos e controladores de trânsito aéreo, entre outros.

“Embora tenha se definido durante dez anos como progressista, nacional e popular, o governo aniquila os salários e transfere mais riqueza para aqueles setores que já têm de sobra”, afirmou Ricardo Cirelli, presidente da Associação de Pessoal Técnico.

A paralisação também atingirá o funcionamento dos caixas eletrônicos, a coleta de lixo, postos de gasolina e supermercados. “Ninguém se mexerá nesse dia”, promete o caminhoneiro Hugo Moyano.

  1. Futuro. O líder sindical Luis Barrionuevo afirmou que as centrais trabalhistas já estão programando novas greves, desta vez de 48 horas, para os próximos meses. Os sindicatos reclamam da resistência do governo aos pedidos da CGT para negociações sobre aumentos salariais sem um teto previamente estabelecido. Como forma de contrabalançar a inflação, diversos sindicatos pedem aumentos de 30% a 50%. Diversas consultorias econômicas estimam que a inflação deste ano oscilaria entre 40% e 50%.

A CGT também exige que o governo concorde com a realização de pelo menos duas negociações salariais neste ano, isto é, uma por semestre – embora alguns setores peçam uma renegociação a cada trimestre.

Os sindicatos também exigem que a administração de Cristina Kirchner apresente um plano claro de combate à inflação e criticam os ministros que nos últimos meses negavam a existência de uma escalada de preços.

Fonte: Ariel Palacios – Correspondente – O Estado de S.Paulo

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