Redução da jornada semanal para 40 horas e fim do fator previdenciário foram algumas das reivindicações
Cerca de 40 mil pessoas participaram ontem da 8ª Marcha Unificada da Classe Trabalhadora em São Paulo. O ato teve início na Praça da Sé, na região central, e terminou por volta das 13h no vão-livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp), na avenida Paulista. A expectativa do movimento é que o governo federal abra um canal de negociação com as entidades trabalhistas e que anuncie alguma medida no dia 1 de maio, quando se comemora o Dia do Trabalhador. A Polícia Militar contabilizou 10 mil participantes no ato.
A atividade foi encerrada com a aprovação por aclamação da Assembleia Geral dos trabalhadores da pauta unificada das centrais. Entre as reivindicações estão a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais sem redução de salário, manutenção da política de valorização do salário-mínimo, fim do fator previdenciário, redução da taxa básica de juros, correção e progressividade da tabela do Imposto de Renda e contra o Projeto de Lei 4.330, que trata das terceirizações.
“Este foi um ato para demonstrar a unidade das centrais. E atividades como esta sempre tem como resultado políticas de valorização dos trabalhadores”, declarou Ricardo Patah, presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT). Ele avaliou que esse é um momento importante para fazer andar a pauta trabalhista, pois é ano de eleição. “A relação do governo com os movimentos está um pouco distante. Acreditamos que a voz das ruas vai ser importante para sensibilizá-lo”, avaliou. Patah acredita que o 1 de maio é uma data significativa para essa demonstração, como o estabelecimento do compromisso de manutenção da política de valorização do salário-mínimo.
Além da UGT, participaram do ato a Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB), Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), Central Única dos Trabalhadores (CUT), Força Sindical e Nova Central.
Fonte Jornal do Comércio (RS)
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