No primeiro dia após a retomada da greve dos metroviários, o brasiliense enfrentou uma manhã de muita correria nas estações do Distrito Federal. Apenas sete dos 24 trens circularam durante o horário de pico – de 6h às 8h45. Fora dos horários de maior movimento, apenas quatro trens operam na cidade. Das 16:45 às 20:15 à tarde outros três trêns voltam a circular.
Durante todo o dia, 10 estações ficarão fechadas, impossibilitando o embarque dos usuários. De acordo com o sindicato, a paralisação atinge pelo menos 160 mil passageiros usuários do sistema. De acordo com o Metrô/DF, os usuários podem desembarcar em qualquer uma das estações.
O intervalo de um trem para outro foi de 24 minutos. Segundo informações dos seguranças do metrô, dois passageiros passaram mal nas estações Ceilândia Norte e Guará e foram atendidos pelos socorristas do metrô.
No início da manhã na estação Ceilândia Centro, os poucos trens que passaram pela estação chegaram todos lotados. A auxiliar operacional Priscila Silva Azevedo, de 24 anos, trabalha no Hospital Universitário de Brasília (HUB) e deveria entrar no trabalho às 7h, mas desde às 6h ela tentava embarcar, sem sucesso. “É muita gente em cima, vou ter que pegar um onibus mesmo”, disse.
Os pontos de ônibus próximos ao metrô ficaram lotados. O funcionário público Otácio Silva, de 50 anos, embarcou na estação Ceilândia Centro para ir ao trabalho, mas quando viu que a greve continuava resolveu optar pelo ônibus. “Semana passada tentei pegar e não consegui, hoje resolvi não arriscar”, contou.
Em assembleia nesse domingo (13/4), a categoria decidiu continuar a paralisação, suspensa desde a última quarta-feira (9/4). A greve, de acordo com os sindicalistas transcorrerá por tempo indeterminado. Apenas 30% dos trens – o que equivale a sete composições. A categoria reivindica, principalmente, a correção das distorções salariais do plano de carreira, redução de jornada de oito para seis horas, reajuste salarial de 10% para todos os empregados, além de mais segurança. Outra demanda dos trabalhadores é a implantação do plano de previdência, que, segundo o Sindimetrô-DF, foi discutido no último acordo coletivo, mas não saiu do papel. Por essa razão, a DER informa que a faixa exclusiva destinada aos ônibus na EPTG está liberada para todo tipo de carro.
Fonte: Jornal Correio Braziliense (DF)
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