Durante a assembleia pública, realizada na última semana, os trabalhadores da educação do Estado de Minas Gerais decidiram pela greve por tempo indeterminado a partir do dia 21 de maio. Em torno de 200 servidores participaram do encontro.
Na oportunidade, os educadores reivindicaram uma solução quanto àqueles que foram efetivados sem concurso por meio da Lei 100/2007, considerada inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Com a decisão do STF, mais de 90 mil efetivados estão ameaçados de perder o emprego.
A coordenadora-geral do Sind-UTE/MG, Beatriz Cerqueira, explicou que os políticos foram irresponsáveis ao implantar a Lei 100 e devido à atual situação, os trabalhadores irão parar até que o Estado volte com as negociações.
Para o coordenador geral da subsede Araguari, José Luís da Costa, o momento é extremamente preocupante, uma vez que os trabalhadores estão sofrendo com a violência seja psicológica ou física, dentro ou fora da escola. “Não somos respeitados nos direitos mínimos para exercer nossas funções de magistério e ainda nos cobram os serviços burocráticos, mas se continuarmos de braços cruzados e não tomarmos uma atitude, a tendência da situação é piorar,” considerou.
Conforme afirmou, a greve é um recurso extremo, mas quando não há outra opção é preciso recorrer à mobilização. “Outra vez sofremos o reflexo de uma sociedade sem educação adequada e de um estado omisso em suas atribuições. Fomos, mais uma vez, vítimas de tratamento extremamente violento durante um assalto enquanto nos dirigíamos a Belo Horizonte para exigir nossos direitos”, finalizou.
Segundo a agenda do Sind-UTE, uma nova assembleia deve acontecer no dia 28 de maio.
Fonte: Gazeta do Triângulo (MG)
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