O Diário Oficial desta quinta-feira publicará a segunda leva de um total de 10.441 promoções de professores. Esses avanços, por antiguidade e merecimento, são referentes ao período de 2003 a 2007. Até o final do ano, a promessa do secretário da Educação, Jose Clovis Azevedo, é colocar em dia todas as promoções. Desde o início do governo Tarso Genro, já foram promovidos 28.177 professores.
A medida significa um aumento de 10% no salário básico e vale a partir da folha de maio. Embora estivessem atrasadas, não existe promoção retroativa. Logo, os professores não poderão reclamar o que deixaram de ganhar no período em que as promoções estiveram congeladas.
Já nas próximas promoções serão adotados critérios mais rígidos de avaliação dos professores. Agora, 70% da nota será baseada em atividades como cursos de formação continuada, projetos pedagógicos e publicação de trabalhos. Parte dessa nota dependerá do desempenho da escola na retenção dos alunos, já que a evasão escolar tem forte influência no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). Os outros 30% são referentes a questões como assiduidade e pontualidade.
– Temos que valorizar aquilo que contribui para melhorar o desempenho dos alunos – diz Azevedo, sem empregar a palavra “meritocracia”, rejeitada pelo Cpers e por boa parte do PT.
As promoções e o reajuste de 76% em quatro anos são as armas do governador Tarso Genro para enfrentar, na campanha, as cobranças por não pagar o piso como básico do magistério. O governo sustenta que nenhum professor recebe menos do que o piso – e é verdade –, mas o entendimento do Supremo Tribunal Federal é de que o mínimo se refere ao básico do plano de carreira e não ao valor do contracheque.
Postado por rosane_oliveira (Jornal Zero Hora)
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