Durou quatro horas a reunião de mediação no Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região entre servidores em greve do Grupo Hospitalar Conceição, direção e sindicatos. Após idas e vindas de propostas, a mediação conduzida pela desembargadora Ana Luiza Kruse terminou com acordo.
A direção se comprometeu a eliminar as punições aplicadas durante a paralisação das atividades e a não cortar o ponto dos dias parados. Ficou acertado, ainda, que eventuais compensações dos dias de greve serão discutidas posteriormente. Além disso, será criada uma Comissão Permanente de Negociação. Entre os itens da pauta, estarão o aumento real do Vale Alimentação e a realização de um estudo para implantação do plano de saúde para os servidores. Para o superintendente do GHC, Carlos Eduardo Nery Paes, foi o melhor para o momento.
“Mesmo que tardiamente, representa uma vitória dos nossos usuários do GHC e do Sistema Único de Saúde, porque permitirá que este grande grupo receba e acolha seus pacientes de forma integral e sem maiores prejuízos, além dos já causados nesse período”, destaca Paes.
O presidente do Sindisaúde, Arlindo Ritter, lembra que ainda será preciso apreciar a proposta de reajuste salarial que será apresentada nesta quarta-feira pelo Sindicato dos Hospitais.
“O objeto da mediação aqui hoje será levado para a categoria que decidirá na quinta-feira os rumos do movimento. Ficou de concreto a criação de uma comissão paritária para discutir todos os pontos aqui da reunião. Mas nós temos que aguardar ainda o que o Sindihospa vai nos oferecer nesta quarta-feira”, adianta Ritter.
O acordo firmado no TRT só tem validade se os servidores do GHC voltarem ao trabalho após assembleia da categoria marcada para quinta-feira. A greve já dura duas semanas. Desde o início da paralisação dos servidores do (GHC), mais de 500 cirurgias eletivas deixaram de acontecer. Além disso, os atendimentos nas emergências dos hospitais do grupo tiveram redução de 30%.
Hospital de Clínicas
Já os servidores do Hospital de Clínicas entraram hoje no segundo dia de paralisação. Sindicalistas e trabalhadores que adeririam à greve de três dias protestaram em frente à emergência da instituição. O serviço na emergência está com restrição desde o dia 18 de março, devido à superlotação. Apenas casos graves são atendidos.
Segundo o Sindisaúde, 70% dos servidores do Clínicas aderiram à mobilização. A assessoria de imprensa do hospital admite que das 40 cirurgias eletivas previstas para ontem, oito não aconteceram em razão da falta de funcionários. Os demais serviços, porém, estão mantidos,mas com maior demora no atendimento, segundo o hospital.
Fonte: Rádio Gaúcha/Clic RBS
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