A categoria dos servidores públicos doEspírito Santo aprovaram, na última quinta-feira (27), uma greve geral em 51 órgãos públicos do estado. De acordo com o diretor financeiro do Sindicato de Servidores Públicos (Sindipúblicos), Haylson de Oliveira, pelo menos quatro órgãos tiveram parte das suas atividades comprometidas, nesta segunda-feira (31). A categoria reivindica o aumento de salários e benefícios, como o auxílio alimentação, e a melhoria dos serviços públicos prestados à população. Segundo a Secretaria de Recursos Humanos do estado (Seger), o governo reconhece a greve como legítima e entende as reivindicações, mas afirmou que não poderá atender a todos os pedidos dos servidores.
O Departamento Estadual de Trânsito (Detran-ES) é um dos órgãos mais afetados pela paralisação geral. Quem precisa realizar provas ou atendimentos referentes à Legislação não vai conseguir receber o serviço. Além do Detran, o IDAF, o INCAPER e o IEMA também tiveram as atividades comprometidas. “Alguns serviços não estão sendo feitos, como serviços de habilitação, de licenciamento na Junta Comercial, serviços de extensão rural e pesquisa, no Incaper, no Idaf. Hoje não vamos parar 100%. É um movimento crescente. Os serviços ainda não estão prejudicados”, afirmou o diretor do Sindipúblicos Haylson de Oliveira.
A decisão de paralisar as atividades aconteceu durante uma Assembleia Geral do sindicato, em Vitória. De acordo com o Sindipúblicos, a categoria reivindica “a concessão do auxílio-alimentação para os servidores que recebem por subsídio; reajuste do auxílio-alimentação, de R$132,00; política pública de gestão de pessoas que contemple as demandas dos servidores; reposição das perdas salariais e fixação da data base em mês específico e regulamentação do adicional de insalubridade e do auxílio-creche”, segundo documento divulgado pelos sindicalistas.
Haylson ainda disse que o não houve nenhum tipo de negociação com o governo estadual sobre essa pauta. “O governo desdenhou da nossa pauta, que foi entregue desde o ano passado, eles mandaram apenas um representante, que não tinha poder de decisão, para dizer que tivéssemos fé. Isso é um deboche conosco. Infelizmente a gente teve que tomar essa decisão e vamos tentar fazer uma greve de convencimento, de adesão, e entendemos que nem 30% de participação estarão garantidos “, completou.
Governo do estado
De acordo com a subsecretária de Recursos Humanos, Sandra Helena Bellon, o governo está preparado para a greve. “A gente reconhece que a greve é um movimento democrático, mas também estamos preparados para receber o movimento de uma forma pacífica. Vamos remanejar servidores para garantir todas as atividades que são essenciais, mantendo os serviços que são prestados à população”, afirmou.
Sobre a principal reivindicação feita, do auxílio-alimentação, a subsecretária reconhece que há uma defasagem no valor pago pelo benefício. “Reconhecemos essa defasagem no auxílio-alimentação. Já investimos para os servidores públicos efetivos e aposentados cerca de R$400 milhões em reformulação de carreira, desde 2002. Em relaçào ao auxílio alimentação, já fizemos alguns estudos, mas atender ao que é reivindicado pelo sindicato ainda não é possível, acarretaria um aumento muito grande nas despesas”, disse Bellon.
Fonte: G1
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