Desde segunda-feira (19/12), os diretores do Sindispge seguem mobilizados, em frente à Assembleia Legislativa do RS (ALRS), juntamente com demais categorias. Foram distribuídas poucas senhas por entidade para que pudessem entrar no plenário e acompanhar a votação. No lado de fora, durante todo o dia, a Brigada Militar joga bombas de gás nos manifestantes, spray de pimenta. Clima muito tenso!
Um verdadeiro batalhão de choque se concentrou na ALRS e no Palácio Piratini. A segurança do Estado está concentrada nestes dois órgãos. Gritos de ordem de “Fora Sartori” são ouvidos a todo momento. Na terça-feira, apesar de todos os protestos, os deputados aprovaram a extinção das fundações: Fundação Zoobotânica (FZB), a Fundação de Ciência e Tecnologia (Cientec), a Fundação de Economia e Estatística (FEE), a Fundação Piratini (TVE/FM Cultura), a Fundação de Desenvolvimento e Recursos Humanos (FDRH), a Fundação Estadual de Planejamento Metropolitano e Regional (Metroplan). E, ainda, na manhã desta quarta-feira foram extintas a Fundação Instituto Gaúcho de Tradição e Folclore – FIGTF e a Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária – Fepagro.
No fim da tarde de ontem (20/12), recebia-se a notícia de que a Câmara dos Deputados havia aprovado o PLP 257/16 que trata da renegociação das dívidas dos estados com a União e prevê isenção do pagamento das parcelas por três anos para aqueles estados em situação emergencial, como é o caso do Rio Grande do Sul. A parcela é de R$ 266 milhões, o que representa o dobro da “economia” que o governador José Ivo Sartori pretende fazer com a extinção das fundações. Com a extinção a diminuição nos cofres públicos representa apenas R$ 137 milhões ao ano.
O Sindispge lamenta o caminho escolhido pelo governo com este pacote. No entanto, considera importante permanecer lutando, mobilizados até o último dia para que fique claro ao povo gaúcho, aos parlamentares e ao governo, que o funcionalismo público e a sociedade estão sendo penalizados pela incompetência de um governo sem Gestão.
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